Imersos em tanta tecnologia e necessidade de conectividade, gostei da reflexão de Eric Wilson. Ele se junta à turma do contra e fala muito sobre a modernidade. Selecionei uma frase, em breve volto com outras.

"Não precisamos de procurar muito longe para vermos a nossa cultura artificial em ação. Graças à era digital, é mais provável que experienciemos pixels do que pessoas. Passamos horas à frente dos nossos PC a brincar nos campos insubstanciais da realidade virtual. Nos corredores infinitos da internet, encontramos páginas mais interessantes do que os passeios matinais, brilhantes de orvalho, da aranha do jardim. Na verdade, tratamos a nossa máquina como se fosse um órgão e os nossos órgãos como se fossem máquinas. O nosso computador pode ser 'amigo do utilizador'. Pode-lhe aparecer um 'vírus'. Entretanto, fazemos 'interfaces' com os nossos colegas. 'Processamos' ideias."
[Wilson, Eric G. Contra a felicidade, em defesa da melancolia. Oficina do Livro. 2009]
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