22 de set. de 2010

Em boa companhia

Leonardo de Melo Salo, colega do mestrado, também foi ao evento no IFCS, e pudemos falar  sobre a vida e o envelhecimento. A pesquisa de Leonardo vai envolver idosos que vivem em Instituições de Longa Permanência (ILPIs) e está ligada a um trabalho voluntário que ele faz como palhaço.  Na tarde de terça (22), a pesquisadora Ana Amélia Camarano, do IPEA, revelou que a nova terminologia foi criada pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) para mudar o estigma relacionado com esses locais de viver e morar para idosos. O novo nome não foi suficiente para alterar a percepção negativa e, além disso, muitos deles continuam a ser denominados como asilos e lares. Ana Amélia apresentou levantamento sobre o tema feito em todo o Brasil e foi seguida  pela professora Clarice Peixoto, da UERJ, que relatou uma experiência vivida em dois abrigos, um público e outro privado, fazendo relações entre os dois. Essas, e as outras palestras, ainda vão virar posts no blog que, involuntariamente, não vai contar com a fala do professor José Carlos Rodrigues, da PUC-Rio. Rodrigues iria falar sobre Imagens e significados da morte no Ocidente, mas, doente, cancelou sua participação no evento.

Passado e futuro

Fiquei contente ao ver, de longe, o prédio do IFCS, na Praça Tiradentes. Que bom estar aqui, só o que pensei, e na entrada procurei conhecidos do ontem. Superada a escada, que tantas vezes subi, não só por ser bonita, mas pelo fato de o elevador estar permanentemente quebrado, deu aquela sensação de estranhamento. Quase 12 anos depois, voltei ao Salão Nobre do IFCS, local no qual defendi a minha dissertação de mestrado. Nela, falei sobre trajetórias de vida de militares, conversei com muitos deles, viajei para encontrá-los, mergulhei em arquivos, revi o passado e pude ser jornalista, historiadora, ou simplesmente uma pesquisadora buscando ouvir e entender os fatos. Lembrei dos momentos de caminhada, as conversas, muitas dúvidas, e a orientação segura da professora Anita, com a qual até hoje tenho contato. A vida passou num segundo, pensei comigo mesma, e mudanças ocorreram, não só físicas. O prédio continua precisando de manutenção, a biblioteca, de reparos, as paredes do último andar bem poderiam ser pintadas... O café funciona de vento em popa., luxo que não tinha na minha época. Entrei no Salão e olhei para os detalhes: o teto, as cores, o mesmo zumbido do ventilador, indo e vindo. Estranho isso. Passou rápido mesmo, como passa rápido a vida. Em dois dias de seminário, esse tempo que se esvai e que provoca mudanças nos corpos e pede novos enfrentamentos pessoais e sociais, marcou os debates trazidos pelas pesquisas apresentadas. O que fazer? Como se preparar para a transição demográfica que fará desse um país de cabelos brancos? Quais impactos serão sentidos na saúde, na assistência social, na vida cotidiana? Sem respostas concretas, como iriam dizer vários dos palestrantes. Foram dois dias bons, de novos aprendizados, mais três livros comprados e muitas recordações. Congelando o tempo, e graças à tecnologia digital, o passado só volta na foto em P&B. De resto, a gente se move e a vida, anda.
 

8 de set. de 2010

Corpo, Envelhecimento e Felicidade

O seminário Envelhecimento, Corpo e Felicidade, que acontece no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, na segunda (20/09) e terça (21/09), é, como diz o ditado, sopa no mel. Primeiro, vou pelo lado acadêmico. O evento vai ser importante já que vai mostrar a produção acadêmica multidisciplinar sobre o tema e pensar sobre diferentes aspectos relacionados ao envelhecimento, como diferenças de gênero, relações entre as gerações, mudanças no comportamento, demandas cotidianas e estilos de vida.  Ok, embora a minha vida de pesquisadora ainda esteja um tanto quanto indefinida, faz parte da busca continuar navegando, não é mesmo? Com exceção de Renato Veras, Ana Amélia Camarano e José Carlos Rodrigues, no seminário estarão nomes que eu conheço apenas de tantos livros, como Mirian Goldenberg, Myriam Lins de Barros, Guita Debert, Andrea Moraes Alves e Clarice Peixoto, o que torna o encontro mais saboroso ainda. Pelo lado pessoal, vou ao Salão Nobre do IFCS, local no qual que defendi minha dissertação de mestrado, há quase 12 anos. Quero me ver lá. Portanto, já está na agenda.

3 de set. de 2010

Dispositivos de visibilidade

A mestranda Marina Maria e o doutorando Adriano De Lavor, meus colegas de turma, vão tratar em seus projetos de questões relacionadas com a visibilidade. Aqui pelo meu lado, acompanho com interesse o trabalho da professora Fernanda Bruno, da UFRJ, e coodenadora do CiberIDEA: Núcleo de pesquisa em tecnologias da comunicação, cultura e subjetividade. Pelo blog de Fernanda, senti que será necessário conhecer um pouco mais sobre formas de monitoramento e rastreamento de dados sobre indivíduos, hábitos, interesses e comportamentos a fim de melhor entender as relações entre os habitantes do ciberespaço e de redes sociais.

No blog, vi também um post que me levou ao Midia Lab, dirigido por Bruno Latour e Dominique Boullier, laboratório de mídias digitais voltado para os meios de comunicação e de produção de dados engendrados pelas novas tecnologias de informação e de comunicação (NTICs). Darei uma olhada bem cuidadosa, pois acho que podem surgir boas abordagens para o projeto.

2 de set. de 2010

Orkut no Fazendo Gênero

Por sugestão da colega Marina Maria, vou listar alguns trabalhos que foram apresentados no evento Fazendo Gênero. Marina, pela ABIA, e Bruno Dallacort Zilli (CLAM/UERJ) apresentaram Do Orkut ao Leskut: prazeres e perigos da sexualidade em comunidades virtuais no contexto de regulação da Internet. Além deste trabalho, vi também Corpo ciborgue e as marcas de gênero no Orkut: lugar de mulher é no tanque?, de Shirlei Rezende Sales (UFMG) e Marlucy Alves Paraíso (UFMG) e de Marina Gomes Coelho de Souza (UFSC), intitulado Produção de subjetividade e internet: o orkut como instrumento de análise da subjetivação contemporânea. Já na lista de coisas a fazer.